Depressão pós-parto em vítimas de violência sexual

Resumo

A violência sexual é um assunto de grande preocupação social e considerada um caso de saúde pública em função de seu aumento nos últimos anos, quando o resultado é uma gestação inesperada, isto poderá ser um fator para acometimento de depressão pós-parto. Em decorrência disso, esse artigo tem como tema Depressão pós-parto em vítimas de violência sexual. O objetivo geral foi analisar a prevalência de sintomas depressivos pós-parto entre puérperas e sua associação com a violência sexual, e os objetivos específicos foram investigar as consequências e possíveis intervenções para remissão da depressão pós-parto em vítimas de violência sexual, utilizando a Terapia Cognitivo Comportamental. Nesta pesquisa utilizou-se o método indutivo, que é o resultado de observações sobre um determinado fato e a partir dele compreender as causas do fenômeno, através de pesquisas, leituras bibliográficas e apontamentos, com conteúdo obtido dentro de livros, revistas e artigos. Dados divulgados na edição do Anuário Brasileiro de Segurança Pública em 2023, aponta que em 2022 foi registrado o maior número de estupro e estupro de vulnerável da história, no Brasil, com 74.930 vítimas, sendo 88,7% do sexo feminino e 11,3% do sexo masculino. A violência sexual pode ocasionar danos físicos, psíquicos, sociais e em alguns casos o acometimento gestacional, tornando a vítima propensa ao desenvolvimento de depressão pós-parto, portanto foi evidenciado o protocolo Rede Cegonha e Programa Mulher Viver Sem Violência, como um meio de amparo e assistência à essas vítimas. A inviabilidade de responder ao objetivo de apontar a prevalência de depressão pós-parto em vítimas de violência sexual se justifica por conta da lacuna de pesquisas que associem esses dados. Porém, há evidências de protocolos de atendimento na rede pública qualificados para amparar e acolher esse grupo e possível intervenção para remissão do estado depressivo.